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É possível prever o fim de um relacionamento?

Como identificar atitudes comuns (ou a falta delas) que fazem o relacionamento desandar
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Neste post, de autoria da advogada Celia Caiuby, são abordados pontos de atenção que podem auxiliar a identificar o início da desconexão entre parceiros. Esperamos que seja útil e facilite a sua vida em família!

 

Ao longo de quase duas décadas atuando e organizando a parte jurídica do final de relacionamentos sempre me questionei: – Será que é possível identificar onde esse projeto de vida desandou?  E em sendo possível,  será que daria para mudar o curso da história e evitar a separação?

É realmente intrigante imaginar que a paixão e as juras de amor eterno: “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe”, podem acabar com seus protagonistas se comunicando por meio de advogados e em audiências judiciais.

Que a vida e os relacionamentos são dinâmicos não é novidade, mas a consciência pessoal de que para os combinados serem mantidos, eles precisam ser revisitados e constantemente revalidados, só me veio depois da leitura do livro “A Alma Imoral”, do rabino e escritor Nilton Bonder, que, desde já, recomendo.

Na obra, em apertada síntese, o autor define a Alma como nosso desejo mais íntimo, e a Moral como aquilo que a sociedade espera de nós. Ao logo de diversas crônicas em que a Alma e a Moral não compartilham da mesma vontade, são feitas reflexões sobre a “traição”, no sentido de que seguir o desejo da Alma importaria em “trair” a Moral, e vice-versa, Seguir a Moral importaria na “traição” do desejo da Alma.

Seguindo essa lógica, e fazendo uma analogia aos relacionamentos, que tanto podem ser profissionais, românticos, de amizade etc., o Autor menciona que no início desses encontros, as partes compartilham dos mesmos projetos, das mesmas visões, do mesmo afeto, e com base neles criam um código, que pode ser entendido com um projeto comum. Contudo, ao logo do caminho, com o passar do tempo, surgem novas experiências que mudam a forma de interesse, visão, necessidades e abrem espaço para novas possibilidades, visões de mundo e projetos.

Nesse momento, mudar o combinado inicial pode ser visto como “traição” ao projeto comum, e a pergunta que fica é: neste caso, quem “traiu”? Aquele que se apegou ao combinado inicial? Ou aquele que se recusou a rever o código, mudar, e ajustar o projeto inicial a esse novo momento e nova realidade de vida?

De lição pessoal, após finalizar a leitura me convenci de que os combinados de longo prazo precisam ser revisitados e constantemente ajustados, sendo essa revisão um ingrediente indispensável para um relacionamento (profissional, romântico, de amizade etc.) durar.

Ok. Os combinados precisam ser revistos, porque nós, enquanto indivíduos, mudamos, assim como nossos planos, projetos, interesses etc. Apesar de parecer óbvio, o óbvio precisa ser dito, lido, internalizado e posto em prática. Mas este texto não é sobre isso… Esse texto é sobre outro óbvio que só percebi atuando em um caso de divórcio colaborativo, procedimento no qual  a comunicação tem a chance de ser organizada e os envolvidos tem a oportunidade de se expressar diretamente, inclusive em relação aos seus sentimentos.

Neste caso específico, que aconteceu há alguns anos, percebi que o fim de um relacionamento se inicia de forma muito sutil… que antecede a consciência de que os combinados precisam ser revistos.

As queixas daquele cliente não tinham relação com mudanças de projeto de vida, caminhos que perderam o sentido, uma terceira pessoa, ou um sentimento que acabou e chegou ao fim… elas estavam relacionadas a ausência de cuidado, mas aquele cuidado atrelado a pequenos detalhes: uma palavra de carinho, um elogio, um mimo que se traduz numa guloseima simples, mas que o outro adora, como um pão quentinho na hora do lanche, um beijo na chegada do trabalho, etc., coisas simples, mas que criam conexão, geram afeto, sorrisos… aqueles detalhes que parecem não fazer diferença quando presentes, mas que quando ausentes criam verdadeiros abismos.

O curioso foi que a cada queixa do cliente, pessoalmente, eu ia me identificando e aquela pergunta que sempre me inquietou profissionalmente, “se é possível identificar onde os relacionamentos desandam” foi finalmente respondida.

Percebi claramente na fala do meu cliente que a desconexão começa nos pequenos detalhes, que – por serem pequenos – passam desapercebidos.

Como cheguei nessa constatação? Por incrível que pareça foi um checklist involuntário, a cada fala/queixa do meu cliente, imediatamente me vinha a cabeça: EU!

O cliente falava: “Ela não compra um pão, e não é porque não tem dinheiro, mas porque nem lembra, não faz questão e sequer pensa que eu poderia querer…”, eu pensava em silêncio: EU!; o cliente continuava: “Para mim ela está sempre cansada, mas para as amigas está sempre disponível”, novamente pensava: EU!; ele prosseguia:  “Ela é incapaz de me fazer um elogio, na verdade só faz críticas e aponta defeitos”, mais uma vez: EU!

Naquele momento me dei conta de que se continuasse daquele jeito, meu relacionamento iria ladeira abaixo… mas se não fosse pela fala do cliente, nunca teria tido essa consciência… afinal, não estava em crise conjugal, não brigava, sequer percebia que estava vivenciando o início de uma desconexão…

Aquelas falas soaram como uma sirene! Decidi, a partir dali, mudar meu comportamento, prestar mais atenção aos detalhes, ser mais atenciosa e carinhosa, e verificar – na prática –  se teria algum efeito… Passei a levar as guloseimas preferidas do meu parceiro para casa, a prestar mais atenção nele, elogiar mais e reclamar menos… e, qual não foi o resultado? Além dele verbalizar e perguntar em tom bem humorado e feliz: “Nossa! O que aconteceu?”, ele passou a ter as mesmas atitudes… ser mais carinhoso, elogiar mais, passamos a ter mais tempo de qualidade juntos… fazer esportes juntos, gostarmos mais da companhia um do outro…

No meu caso, tive a chance de identificar o início do abismo a tempo e, com isso, rever minhas próprias atitudes e omissões, ou seja, a minha própria responsabilidade nessa ladeira que, profissionalmente, sei bem onde termina…

De lição, além de constatar que a vida é um espelho e que recebemos aquilo que damos, vi, na prática, que para um relacionamento não sucumbir ao tempo, ou à falta dele… é preciso prestar atenção às pequenas coisas, àquelas que encantam de graça, e que o dinheiro não compra… pequenas atitudes que conectam, fazem a diferença e se prolongam no tempo! São nos detalhes que os laços se fortalecem, transformam o comum em extraordinário e perpetuam a magia das relações!

Está passando por esse momento? Ficou com alguma dúvida ou deseja conversar com um profissional especializado? Entre em contato conosco pelo e-mail: contato@52.204.97.217 ou visite nossa aba de Parceiros. Nossa missão é facilitar a sua vida em família!

 

 

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